quinta-feira, março 30, 2006

 

Revisões e impressões

Muito interessante poder rever "O Bebê de Rosemary", e assisti-lo sob a ótica do personagem de John Cassavetes. Como o filme é inteiro calcado na Rosemary de Mia Farrow, podemos ver o quanto é dissimulado e mesmo impotente seu marido durante toda a trama, e, nessa mudança de foco, também imaginar tudo aquilo que deve desenrolar-se fora da tela transforma-se em um excelente exercício de abstração. Além, é claro, de também admirarmos o excelente trabalho do ator-diretor.

E assistir a determinados filmes de uma carreira já constituída pode nos revelar muito mais do que se pode crer. "Encurralado", de Spielberg, à primeira vista pode parecer somente um exercício de ação - e dos mais competentes, diga-se. Mas as cenas iniciais, que mostram o personagem a ser perseguido ligando para sua esposa disposto a desculpar-se de rusga recente, e esta o escuta com a filhinha ao fundo, entregam a principal motivação da película, e que cuja leitura é facilitada pelos temas recorrentes nos filmes de Spielberg que já estamos acostumados a ver desde sua estréia no cinema: brigou com a família, será punido. Pois é...

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