quinta-feira, setembro 30, 2004

 

Crust as Fuck

Um top 5 crust para vocês:

Disrupt - "Unrest"
Doom - "Total Doom"
Wolfpack - "Lycanthro Punk"
Extreme Noise Terror - "The Peel Sessions"
Impaled Nazarene - "Latex Cult"

Feliz da vida...

quarta-feira, setembro 29, 2004

 

Metal sem fronteiras

Alguns classificam o Opeth como uma banda de death metal progressivo. Rótulos, rótulos, rótulos... "Deliverance", de 2002, nos apresenta uma banda que cria músicas longas (são apenas seis em mais de uma hora de som), com riffs intrincados e melódicos que progridem de forma lógica e empolgante, com vocais que variam de simples sussuros à poderosos urros sem o menor constrangimento, que conta com uma competente cozinha, e que ainda acrescenta instrumentos alienígenas ao estilo como pianos e violas sem se tornar desnecessário ou pretensioso, e ainda assim soando pesado, talentoso e honesto. Mal comparando, seria como se o Metallica do "... and Justice for All" resolvesse ficar, ao mesmo tempo, mais suave e mais brutal. Só ouvindo para entender. Uma autêntica obra-prima do metal contemporâneo.

O jogo Real Madrid e Roma não foi dos piores, mas demonstrou o principal problema do futebol atual: a falta de vibração. Jogadores, torcida, técnicos, tudo remetia a um concerto de música clássica, tamanha a passividade que se flagrava dentro e fora de campo. A partida do Campeonato Brasileiro que acompanhei no último domingo, Vasco e Palmeiras, também padeceu do mesmo mal. E, em ambas as disputas, a grande quantidade de gols não conseguiu encobrir a enorme apatia reinante nos gramados mundo afora.

sexta-feira, setembro 24, 2004

 

Caixa de Pandora

Depois de se associar a Wayne Wang para cirar “Cortina de Fumaça”, o escritor Paul Auster resolveu tentar vôo solitário nas telas de cinema. “O Mistério de Lulu” é (mais) uma homenagem/tentativa de recriação/modernização do roteirista/diretor para um dos gêneros mais amados do cinema americano, o filme noir. Com um elenco de primeira nas mãos, Harvey Keitel e Mira Sorvino à frente, esse bissexto cineasta esteve prestes a cometer um bom produto final. Mas passou raspando, principalmente porque não poliu o necessário algumas arestas em seu enredo, fazendo de sua película uma obra descosturada e volátil. Mas demonstra razoável intimidade com o meio, e, mesmo com todos os defeitos, consegue absorver o espectador em meio a uma história cheia de simbologias e surrealismo, principalmente por não se ater a papos-cabeça blasé ou intelectualismos maçantes típicos de roteiristas-escritores. Interessante, sem dúvida.

quinta-feira, setembro 23, 2004

 

Novidades musicais (em meu cd player, claro)

Muito se fala sobre o extremismo total da banda death canadense Kataklysm. "Serenity in Fire" nem de longe é tão extremo, ainda mais se comparado à insanidade da porradaria produzida hoje em dia no estilo, mas é um disco de competência exemplar. Podemos encontrar também ao longo da bolacha referências ao black a também ao new metal, mas adicionadas com inteligência e bom gosto. "As I Slither", "For All Our Sins" e "The Ambassitor of Pain" são destaques incontestes desse ótimo cd.

Em compensação, a banda húngara Ektomorf carece urgentemente de maior identidade, o que faz arrefecer sobremaneira o interesse por sua música. "Destroy" é um álbum competente, correto, com guitarras bem pesadas e vocais rasgados. Mas a obsessão em copiar Sepultura e Soulfly é por demais cansativa, e não nos cria a vontade de sequer terminar de ouvir a bolacha. As intenções do quarteto são boas, mas intenções não fazem desse um disco a se recomendar.

quarta-feira, setembro 22, 2004

 

Futebol sem gol... isso existe?

Os três times da capital paulista se encontram em situação semelhante no atual Brasileiro. O Palmeiras possui uma defesa razoavelmente firme, mas um ataque sofrível. O Corinthians também. E o São Paulo idem. Os culpados? Treinadores de mentalidade defensiva e covarde, como Estevam Soares, Leão e Tite, aplicados alunos de Carlos Alberto Parreira, que adoram rebuscar o palavriado nas entrevistas e, em campo, tolhem de forma inclemente qualquer centelha de agressividade de suas equipes. Luxemburgo, no litoral, faz o inverso: seu Santos possui um ataque extraordinariamente efetivo e uma defesa não menos do que horrorosa. O Guarani, no interior, talvez seja o mais regular de todos - ambos, defesa e ataque, são de dar pena.

E o Real Madrid nesse início de temporada também tem se especializado em não marcar gols... e aguarda apenas alguns lampejos de um dos mais limitados jogadores de seu elenco, o inglês David Beckham. Por enquanto, o Spice Boy têm dado conta do recado. Agora, se perguntar não ofende... por onde anda o tal "Fenômeno" Ronaldo? Hehehehe....

Hoje à noite, jogos pela tal de Sul-Americana... alguém se habilita?

sexta-feira, setembro 17, 2004

 

O mundo (do rock) dá voltas

Primeiro, se foi Joey, sem dúvida um dos melhores vocalistas já surgidos no rock em todos os tempos, dono de uma capacidade de interpretação e de um timbre vocal incomparáveis. Depois, se foi Dee Dee, baixista de técnica limitada, mas carismático como poucos e compositor de mão cheia. Agora, se vai Johnny, guitarrista que, com seus riffs simples mas inesquecíveis, ajudou a fazer desta uma das maiores bandas de toda a história da música. Se não fossem pelos Ramones, mal saberíamos o quão maravilhosa pode ser essa vida.

Muito se fala que o death metal dos primórdios era tosco, simplório e tocado por músicos de pouca (ou nenhuma) habilidade. Mas dois dos principais discos do período contradizem com sobras essa estúpida afirmação. Basta se ouvir “Leprosy”, do Death, e “Seven Churches”, do Possessed, e enxergar duas bandas com formações acima da média sim, com composições intrincadas e músicos de muito gabarito. Depois, o Death se transformaria em um autêntico monstro metálico lançando um álbum melhor que o outro; enquanto o Possessed, ao experimentar caminhos mais melódicos e dar de cara com o radicalismo dos headbangers mais xiitas, acabou.

Primeiro, o Exodus demite o vocalista Steve Souza e muda de formação... depois, Gary Holt vem à publico detonar o cantor... agora, toda essa bagunça provoca o cancelamento dos shows no Brasil... É, parece que agora a festa acabou mesmo...


quinta-feira, setembro 16, 2004

 

Faz-de-conta em demasia

Não existe como se fazer uma análise isenta de qualquer filme de Spielberg, não adianta. Seu mais recente longa, "O Terminal", até que possui bons momentos, mas sua traminha banal e qualquer nota escorrega na sacarina a maior parte do tempo. O mais interessante é notar como é maravilhoso esse mundinho do cineasta. Um mundo tão perfeito, tão cor-de-rosa, tão feliz. Um mundo aonde a vida em um aeroporto americano pode ser não só viável, como também divertida e cheia de aventuras. Um lugar onde o sujeito em questão pode até encontrar um amor puro e sincero, lindo de verdade, mesmo que seja por alguns dias. Um lugar que recebe estrangeiros de braços abertos, e, mesmo que estes sofram processos na justiça, serão tratados com igualdade e afeto. Um lugar aonde o estrangeiro, maravilhado com as benesses da sociedade e do modo de vida americano, encontra trabalho, se torna produtivo e revela qualidades até então ocultas. Enfim, a América é um lugar para realizar sonhos, sejam eles quais for. Seria esse fraquíssimo "O Terminal" um filme desajeitadamente político?

Morre Johnny Ramone, o melhor pior guitarrista de todos os tempos, músico que influenciou e influenciará incontáveis gerações. R.I.P.


quarta-feira, setembro 15, 2004

 

Bem-vindos...

Agora possuo um novo blog para postar alguns pensamentos e impressões acerca desse mundo tão insano e perturbador. Esqueçam o velho, agora nos concentremos no novo!

A partir de amanhã, tudo voltando ao normal...


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