quarta-feira, setembro 29, 2004

 

Metal sem fronteiras

Alguns classificam o Opeth como uma banda de death metal progressivo. Rótulos, rótulos, rótulos... "Deliverance", de 2002, nos apresenta uma banda que cria músicas longas (são apenas seis em mais de uma hora de som), com riffs intrincados e melódicos que progridem de forma lógica e empolgante, com vocais que variam de simples sussuros à poderosos urros sem o menor constrangimento, que conta com uma competente cozinha, e que ainda acrescenta instrumentos alienígenas ao estilo como pianos e violas sem se tornar desnecessário ou pretensioso, e ainda assim soando pesado, talentoso e honesto. Mal comparando, seria como se o Metallica do "... and Justice for All" resolvesse ficar, ao mesmo tempo, mais suave e mais brutal. Só ouvindo para entender. Uma autêntica obra-prima do metal contemporâneo.

O jogo Real Madrid e Roma não foi dos piores, mas demonstrou o principal problema do futebol atual: a falta de vibração. Jogadores, torcida, técnicos, tudo remetia a um concerto de música clássica, tamanha a passividade que se flagrava dentro e fora de campo. A partida do Campeonato Brasileiro que acompanhei no último domingo, Vasco e Palmeiras, também padeceu do mesmo mal. E, em ambas as disputas, a grande quantidade de gols não conseguiu encobrir a enorme apatia reinante nos gramados mundo afora.

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