quinta-feira, setembro 16, 2004

 

Faz-de-conta em demasia

Não existe como se fazer uma análise isenta de qualquer filme de Spielberg, não adianta. Seu mais recente longa, "O Terminal", até que possui bons momentos, mas sua traminha banal e qualquer nota escorrega na sacarina a maior parte do tempo. O mais interessante é notar como é maravilhoso esse mundinho do cineasta. Um mundo tão perfeito, tão cor-de-rosa, tão feliz. Um mundo aonde a vida em um aeroporto americano pode ser não só viável, como também divertida e cheia de aventuras. Um lugar onde o sujeito em questão pode até encontrar um amor puro e sincero, lindo de verdade, mesmo que seja por alguns dias. Um lugar que recebe estrangeiros de braços abertos, e, mesmo que estes sofram processos na justiça, serão tratados com igualdade e afeto. Um lugar aonde o estrangeiro, maravilhado com as benesses da sociedade e do modo de vida americano, encontra trabalho, se torna produtivo e revela qualidades até então ocultas. Enfim, a América é um lugar para realizar sonhos, sejam eles quais for. Seria esse fraquíssimo "O Terminal" um filme desajeitadamente político?

Morre Johnny Ramone, o melhor pior guitarrista de todos os tempos, músico que influenciou e influenciará incontáveis gerações. R.I.P.


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