quinta-feira, fevereiro 10, 2005

 

Orgulhoso pecador

Lars Von Trier não faz filmes para purgar-se de seus pecados: ele quer, a partir deles, pecar cada vez mais. Esqueçam das pueris alegorias políticas anti-americanas e de toda a perfumaria cênica, e assistam a “Dogville” interessados apenas em uma história até certo ponto complexa, personagens ambíguos, ótimo elenco e direção segura. È um gigantesco exercício de egocentrismo sim, e não à toa divide opiniões até hoje. E Von Trier também não é nem de longe o gênio que acredita ser, mas é competente como realizador e mais ainda como polemista. Veremos aonde a carreira desse dinamarquês ira parar.

E "Arizona Nunca Mais" parece, visto hoje em dia, dirigido não por Joel Coen, mas por seu fotógrafo Barry Sonnenfeld. O registro visual do filme, e mesmo sua montagem acelerada, em nada lembra as obras seqüentes dos irmãos, em especial as do fim dos anos 90. Teriam os Coen amadurecido com o passar dos anos ou apenas cederam à época a pressões de mercado para fazerem um filme mais deglutível para as massas?



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