sexta-feira, abril 15, 2005

 

Xenofobia pouca é bobagem

Essa prisão do zagueiro argentino Leandro Desábato vem, aos poucos, se transformando em uma das maiores palhaçadas que já pude presenciar. Ofensas são coisas típicas de jogo, e morrem por ali mesmo. Ter chamado o atacante Grafite de “macaco” ou “negro” durante uma partida não significa absolutamente que Desábato, ou qualquer outro atleta, seja racista, e isso só quem é idiota não percebe. Por quê nunca se destacam os xingamentos dos quais os argentinos também são alvo? E, aí, o caso vira um terreno dos mais saborosos para os hipócritas de plantão vomitarem sua demagogia via os meios de comunicação. Em situações como essa, a simples naturalidade brasileira do jogador passa a ser seu salvo-conduto, e a proveniência argentina dos atletas adversários o condenam de antemâo, seja como 'arrogantes', seja 'racistas', seja 'prepotentes' e etc. Esses urubus da crônica esportiva adoram criar clima de guerra antes de jogos contra portenhos, e nessa situação Desábato esses mesmos incitadores agora posam de bons mocinhos. Quanto nojo.

E os xenófobos de plantão não estão para brincadeira. Kia, todo-poderoso do Corinthians, vem sendo perseguido incessantemente desde sua chegada ao Brasil. Mas esses mesmos arautos da integridade, tão interessados em defender nossos interesses, fazem vista grossa à fortuna de Eurico Miranda, à dinheirama suspeita do Brasiliense, à boa-vida de Ricardo Teixeira... Será que também existe uma “reserva de mercado” para a ladroagem?

E esse papo da transferência de Robinho já está ficando insuportável. Que vá embora logo, e satisfaça seu próprio desejo de jogar no exterior, e da imprensa, que deseja vendê-lo a todo custo e planta seguidamente informações das mais estapafúrdias.

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