domingo, julho 30, 2006

 

Cores gritantes

Recuperar uma gravação do show do Living Colour no Hollywood Rock de 91 me fez vez novamente o quanto essa banda é especial. Quatro músicos do mais elevado calibre, verdadeiros gênios de seus instrumentos, mandando ver em seu rock multifacetado e suingado com energia e entrega totais - com destaque iniquívoco para o fantástico vocalista Corey Glover e para o bom gosto insuperável do baterista Will Calhoun. Legal ver também que essa tradição de bandas puramente virtuosas lá dos anos 60/70, cheias de solos e experimentações mas que nunca deixaram a técnica ser mais importante que a música em si, como Led Zeppelin e (comparação óbvia) Jimi Hendrix Experience ainda possui hoje em dia representantes mais do que qualificados.

E eu que pensava que filmes como "Lágrimas do Sol" não fossem mais feitos! Essa história do oficial americano durão mas justo e humano, que leva paz na base da força bruta a territórios selvagens como a África, embalado com visual de comercial de cigarro e musiquinhas grandiloqüentes, já não colam mais faz tempo. E o pior de tudo é o papelzinho de joguete reservado para o diretor Antoine Fuqua, que retrata de forma tão pateticamente esteriotipada e porcamente reducionista o continente africano, sendo ele próprio negro, que faz de toda a empreitada algo ainda mais constrangedor do que já seria a princípio. Um desastre total que nem Monica Bellucci consegue salvar.

Comments:
living colour foi umas das maiores ENGANATIONS do rock mundial...
ruins...
não?
abçs
 
Living Colour era genial, ao contrário do que a MTV - sempre que tem fôlego pra uma cruzada contra o passado - gosta de dizer que não é. Por isso tantos emos por aí.
 
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